12 de agosto de 2014

TRE barra primeira candidatura com base na Lei da Ficha Limpa em SP, da candidata a deputada estadual Anésia Aparecida Rodrigues Schimidt (PR) de Itirapina,


O Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) negou nesta sexta-feira (8) o primeiro registro de candidatura das eleições 2014 com base na chamada Lei da Ficha Limpa. A impugnação foi apresentada pela Procuradoria Regional Eleitoral.  Anésia Aparecida Rodrigues Schimidt (PR), de 71 anos, pretendia concorrer ao cargo de deputada estadual, mas teve o registro de candidatura indeferido por rejeição das contas nos exercícios 2007 e 2008, quando ocupava a presidência da Câmara de Itirapina, no interior de São Paulo.

A lei prevê que o candidato impugnado pelo TRE pode recorrer a tribunais superiores e manter sua campanha, mas sua candidatura será mantida sub judice. É possível que até a data das eleições o recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não tenha sido julgado ainda.

No caso de Anésia,  o TRE entendeu, por unanimidade, que a candidata se enquadra na causa de inelegibilidade prevista no artigo 1º, inciso I, letra “g” da Lei Complementar 64/1990, com a redação dada pela LC 135/2010, conhecida como lei da Ficha Limpa. 

Esse trecho da lei diz que são inelegíveis os candidatos que tiverem suas contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas rejeitadas por irregularidade insanável que configure ato doloso de improbidade administrativa, e por decisão irrecorrível do órgão competente, salvo se esta houver sido suspensa ou anulada pelo Poder Judiciário, para as eleições que se realizarem nos 8 (oito) anos seguintes, contados a partir da data da decisão, aplicando-se o disposto no inciso II do art. 71 da Constituição Federal, a todos os ordenadores de despesa, sem exclusão de mandatários que houverem agido nessa condição."

Segundo o TRE, nas eleições de 2012, Anésia já havia sido barrada, pelo mesmo motivo, quando pretendia concorrer ao cargo de vice-prefeita. O presidente do diretório do PR em Itirapina, Feliques Henrique de Oliveira, disse que ficou surpreso com a decisão e acredita que tenha havido um mal-entendido. "Ela vai ficar triste", afirmou.

O presidente do PR contou que Anésia teve duas contas rejeitadas por pagamento de sessão extraordinária, segundo ele, uma falha cometida mais por desconhecimento do que por má-fé.

Ele acrescentou que Anésia e os vereadores restituíram o dinheiro aos cofres públicos. "Ela está em dia com a devolução do dinheiro para os cofres públicos. A Ficha Limpa não pegou ela na eleição passada", afirmou.

fonte: EPTV