Mesmo com a violência, mãe denuncia que escola e Conselho Tutelar não fizeram nada
Uma mãe denuncia que a filha de 11 anos está apanhando há sete meses de um adolescente de 15 na Escola Estadual Joaquim de Toledo Camargo, em Itirapina. Ela alega ainda que a escola e o Conselho Tutelar nada fizeram para mudar a situação.
A criança está com vários hematomas pelo corpo e não quer mais ir à escola. “Eu vou lá pra apanhar ou pra estudar? Não tem jeito”, disse.
Os pais registraram um boletim de ocorrência e a estudante passou por exames de corpo de delito. A mãe, que preferiu não se identificar, procurou ajuda, mas, ficou surpresa com as respostas. “A diretora bateu uma mão na outra e disse: 'O que eu posso fazer?' Aí, mandou eu ir pro Conselho Tutelar. Eu fui pro Conselho Tutelar, o Conselho Tutelar falou pra mim assim: ' Mas, isso aí é pra escola resolver.'”, disse.
As agressões contra a garota começaram em fevereiro. Durante todo esse tempo, outros alunos passaram pelo mesmo problema, principalmente as meninas. Até uma professora já foi alvo do rapaz. O estudante é repetente e tem quatro anos a mais do que a média da classe.
Um outro aluno, que está na mesma turma do agressor, contou como é a rotina na sala de aula. “As professoras mandam ele sentar, ele vai lá e dá murro nas professoras, bate nelas, dá chute”, explicou.
Na escola, ninguém quis dar entrevista, assim como no Conselho Tutelar. A responsável disse apenas que não acha o caso relevante. Em nota, o órgão informou que a conselheira preferiu não dar entrevista por motivos de segurança e que não tomou providências porque a menina já era ajudada pela mãe e pelos funcionários da escola.
A Secretaria Estadual da Educação informou que a escola já havia encaminhado o estudante para acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Ele será transferido para a Educação de Jovens e Adultos (Eja).
Fonte: EPTV