18 de julho de 2011

Estação Ferroviária de Itirapina uma historia em abandono.

Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1916-1971) FEPASA (1971-1998)
Data de construção do prédio atual: 1916

HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco da Cia. Paulista foi aberta com seu primeiro trecho, Jundiaí-Campinas, em 1872. A partir daí, foi prolongada até Rio Claro, em 1876, e depois continuou com a aquisição da E. F. Rio-Clarense, em 1892. Prosseguiu por sua linha, depois de expandi-la para bitola larga, até São Carlos (1922) e Rincão (1928). Com a compra da seção leste da São Paulo-Goiaz (1927), expandiu a bitola larga por suas linhas, atravessando o rio Mogi-Guaçu até Passagem, e cruzando-o de volta até Bebedouro (1929), chegando finalmente a Colômbia, no rio Grande (1930), onde estacionou. Em 1971, a FEPASA passou a controlar a linha. Trens de passageiros trafegaram pela linha até o final de 2000.

A ESTAÇÃO: Em 1916, a Paulista inaugurou a nova estação de Itirapina, em um ponto diferente do da antiga estação que até oito anos antes ainda se chamava Morro Pellado. Ali seria o ponto de encontro do novo tronco, agora com bitola larga, seguindo para Rio Claro, com o ramal de Jaú. Este já era o plano desde 1880, se a Paulista tivesse obtido naquela época a concessão do Governo Provincial para estender suas linhas para São Carlos e Jaú. Durante todos esses anos, na Rioclarense e depois na Paulista, a estação de Visconde do Rio Claro é que vinha tendo esta função, num local considerado inadequado. A velha estação de Itirapina, que pertencia ao ramal de Jaú, foi desativada e transformada em depósito no mesmo dia da inauguração da nova e mais tarde desativada. O ramal de Jaú acabou por se "fundir" aos outros ramais que dele saíam, como o de Agudos, para formar, em 1941, o tronco oeste de bitola larga da Paulista, transformando Itirapina em ponto de bifurcação e não mais de baldeação de uma bitola para 

ACIMA:Estação de Itirapina e parte do grande pátio em 10/3/1978 (Foto José Pascon Rocha). A menos de um ano do fim, trem de passageiros da FERROBAN - com carros "ave-maria" da então já extinta FEPASA - para em Itirapina (Foto Carlos R. Almeida em 22/3/2000).


outra. Em 1986, a estação já tinha problemas, segundo o relatório da Fepasa (RIFF): "Funcionando em estado regular. Precisa não apenas de uma reforma, mas sim uma restauração geral.

Começou a ser reformada há alguns anos, quando teve retirados (e depois desapareceram) todos os azulejos portugueses. A reforma não passou daí. A estação no entanto mantém-se basicamente completa e original, sem ter sofrido grandes alterações". Em 2001, a estação estava completamente abandonada e tomada por mendigos, tendo servido de ponto (perigoso) de baldeação e de embarque e desembarque entre as duas linhas para os raríssimos passageiros dos trens da Ferroban, até a sua desativação em 15 de março de 2001. No 1o. de maio seguinte, desocupados causaram um incêndio violento em frente à estação, que destruiu um dos vagões abandonados de madeira, e também a cabine de comando. Ficou abandonada a estação por vários anos, até que em 2007, começou a ser reformada pela prefeitura local. Em 2011, a reforma não acabou e está tudo largado.

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