1 de março de 2012

Começa a pegar fogo a política na cidade de Itirapina. Em entrevista, o ex-prefeito Zé Maria responde a algumas questões que estão acontecendo na cidade. Acompanhe.

Pergunta: Seus adversários estão pregando que o Senhor não poderá ser candidato a prefeito, porque está impedido pela Lei da Ficha Limpa. É verdade isso?
Zé Maria: Quem anda pregando isso é o ex-prefeito fujão, esquineiro, fofoqueiro, que não trabalha na vida, e que novamente vai fugir de se candidatar a prefeito com medo de nova derrota. Ele prega que por causa de uma multa que levei numa ação civil pública por nepotismo em Segunda Instância eu estaria pego na Lei da Ficha Limpa. Ele está muito mal informado sobre a Lei. Se fosse assim, o prefeito Barba de São Carlos, que também tem multa aplicada pelo Tribunal de Justiça e pelo TRE/SP, não poderá ser candidato à reeleição. Pura mentira de quem faz jus ao apelido que tem na cidade. Ele e seus fieis seguidores estão pregando essa mentira para tentarem baixar o meu grande favoritismo nas eleições deste ano.

Pergunta: Mas o ex-prefeito do PSDB poderá ser candidato a prefeito?
Zé Maria: Claro que sim. Ele até essa data não tem condenação em Segunda Instância (Órgão Colegiado) com a pena de suspensão de seus direitos políticos, conforme a Lei da Ficha Limpa. E quanto ao julgamento do parecer desfavorável do Tribunal de Contas de suas contas de 2007 e 2008, mantidos pela Câmara Municipal, essa condição não o torna inelegível porque, segundo o especialista em Direito Eleitoral, Alexandre Damásio Coelho, a inelegibilidade para os que tenham contas rejeitadas, somente ocorrerá quando se provar judicialmente a existência de ato doloso de improbidade administrativa, fato que ainda não ocorreu com ele.
Na verdade ele está é com medo de disputar as eleições comigo, como fez em 2008, quando abandonou sua candidatura à reeleição e apoiou o PT. Ele quer se esconder dessa vez atrás de sua esposa, e numa eventual vitória dela, mandar e desmandar na Prefeitura no lugar de sua mulher. O ex-prefeito sabe que a grande maioria dos itirapinenses não mais o quer como prefeito. Isso sim é verdade, senão seria ele o candidato.
Ele mesmo em 04/02/12, disse numa entrevista a um jornal local que poderá sim ser candidato a prefeito, baseando-se no parecer do Dr. Alexandre Damásio Coelho, que ele próprio explicou na reportagem, o qual concordo plenamente.
O ex-prefeito do PSDB tem nas costas mais de 15 ações civis públicas em tramitação e dezenas de processos criminais em andamento, baseados no decreto-lei 201/67, conforme site do Tribunal de Justiça, além de 4 contas de suas duas gestões com pareceres desfavoráveis do Tribunal de Contas (2000, 2006, 2007 e 2008) e duas delas mantidos os pareceres do TCESP pela Câmara Municipal (2007 e 2008), ou seja, mais cedo ou mais tarde vai sofrer fortes condenações, que o incluirá na Lei da Ficha Limpa. Só que até agora ele teve a sorte de nenhuma ter sido julgada no Tribunal de Justiça com penas da Ficha Limpa. Tem umas lá tramitando há mais de 4 anos, com pedido de suspensão de seus direitos políticos. Não dá pra entender porque ainda não foram julgadas até essa data.

Pergunta: E quanto às alianças para disputar as eleições deste ano, o que já está resolvido por parte do PMDB?
Zé Maria: Temos entendimentos preliminares e que continuam em andamento com o PDT, PP, PSB, PTC e PSC, que poderão integrar a nossa aliança. O pessoal da ala positiva do PT, que não concorda com o resultado da atual administração municipal, também está buscando entendimentos com o PMDB, visando uma união como ocorreu a nível nacional em 2010, quando foram eleitos Dilma (PT) para presidente e Michel Temer (PMDB) para vice.
E o deputado federal Newton Lima do PT de São Carlos, que representa o governo federal na nossa região, deseja muito essa união em Itirapina para se criar uma grande agenda de trabalho para garantir recursos financeiros da União para que seja feito o resgate da cidade.
O atual prefeito Omar Leite, totalmente inexperiente para administrar uma cidade, patinou e afundou Itirapina num governo desastroso; como médico detonou a área da saúde que deveria ser seu cartão de visita; só prometeu e pouco ou nada fez até agora e, portanto, não reúne mais condições políticas de se candidatar à reeleição. O povo não o deseja mais como prefeito, e ele já está consciente disso e, portanto, não será candidato em 2012.

Pergunta: Então Itirapina deverá ter apenas dois candidatos a prefeito em 2012?
Zé Maria: Creio que sim, embora torço para que sejam mais. Quanto mais, melhor para o povo decidir. A ala da oposição construtiva ao atual governo tem como pré-candidato a prefeito o engenheiro Zé Maria do PMDB, que já foi prefeito três vezes. O outro bloco, que em 2008 apoiou o atual prefeito com unhas e dentes, provavelmente a ser formado pelo PSDB, PPS, PSD e DEM, deverá lançar o ex-vereador Delair Mariano ou a Senhora Maria das Graças, cujo nome será decidido na pré-convenção do PSDB em 11/03/12, já que ambos são do mesmo partido.

Pergunta: E os demais partidos de que lado estarão?
Zé Maria: Como presidente do PMDB, digo que formalizados e prontos para disputar as eleições estão também o PTB, PR e PV, que não sei até o momento quais serão seus destinos políticos, já que os dois primeiros são da base do atual governo municipal e historicamente sempre foram aliados do PSDB. Até esta data desconheço suas pretensões e de qual lado estarão em 2012, ou ainda, se lançarão candidatos próprios ou disputarão as eleições só na proporcional.
Mas o PMDB não descarta uma reunião com o PTB e PV para conhecer seus propósitos e os termos de uma provável aliança, que só será viabilizada se aprovada pelos partidos que integrarão o apoio ao PMDB. Política se faz com muita conversa e união diante de um projeto político para o resgate e recuperação de Itirapina.
O próximo prefeito vai precisar muito do governo federal para recuperar Itirapina, construir casas populares, terminar o campo de futebol, resgatar a saúde, recuperar a represa do Broa, entre tantos outros investimentos e, portanto, certas alianças são imprescindíveis para o bem da cidade, mesmo quando feita com adversários políticos coerentes, desde que em cima de um programa de governo que trará benefícios para a população.